Fios PDO: A mais nova ferramenta para o estímulo de colágeno

O Brasil lidera no ranking mundial na busca pelos procedimentos estéticos minimamente invasivos. Por essa razão a procura por novidades em bioestimuladores eficazes na produção de colágeno e lifting facial colocou no elenco do arsenal terapêutico os fios de polidoxanona (PDO) que já são queridos pelos pacientes nos consultórios médicos aqui no Brasil por perceberem uma pele mais firme e iluminada tal qual vemos na Imagem 1.

IMAGEM 1: Outcomes of Polydioxanone Knotless Thread Lifting for Facial Rejuvenation.

Legenda: SUN DH, JANG HW, LEE JS, LEE WS, RYU HJ.
Dermatol Surg. 2015 Jun;41(6):720-5
Figure 5: Preoperative and postoperative clinical photograph of a 53-year-old male patient (A) initial (B) 6-month follow-up.

Estamos vivendo a 3° era dos fios e os de PDO tiveram seu berço na Korea do Sul quando um cirurgião percebeu que em suas suturas realizadas com esse material a pele apresentava-se mais viçosa.

Foi então que conduziu pesquisas em ratos e pôde confirmar o seu efeito bioestimulador na produção de colágeno na pele. É feito de um polímero da classe poli(α-hidroxi- ácidos), bioabsorvível, biocompatível, não piogênico, não alergênico e não tóxico. Sua completa hidrólise pode chegar a 200 dias.Porém seu efeito é mantido pelo colágeno que se formou ao seu redor.

Ganhou destaque na Ásia com o advento chamado “Lunch-time face-lift” com artigos publicados se referindo a este procedimento podendo ser feito na hora do almoço e permitindo que o paciente retornasse às suas atividades no pós imediato. Diante dos efeitos de bioestímulo e tração é cada vez mais comum aulas e até blocos inteiros sobre atualização em fios de PDO pelos congressos internacionais pelo mundo afora.

Estes fios podem ser lisos, farão apenas bioestímulo de colágeno, e com garras que, para além desse efeito, realizam tração e lifting facial. É um procedimento rápido, eficaz, com poucos efeitos adversos mas que exige conhecimento da sua melhor indicação, das melhores técnicas para obter os melhores resultados.

Sobre a sua capacidade de estimular colágeno tipo 1, que é o nosso objetivo maior, foi publicado em 2018 no Journal of Cosmetic and Laser Therapy um estudo realizado por Jung et al comparando os diferentes fios PDO (mono, bi e quadrifilamentado) com o fio de ácido polilático (PLLA) em ratos. Encontraram uma maior produção de colágeno 1 em comparação aos fio de PLLA (imagem 2).

IMAGEM 2

No ano seguinte o Journal of Cosmetology  Dermatology  publicou um artigo onde  Chang et al
análisaram comparativamente o pó de PLLA 150 mg (Sculptra) e o pó de PDO 150 mg em pele de ratos. Foi realizado o anatomopatológico na semana 1, 2 e 12 e avaliação dos fatores de crescimento tecidual TGF b1, TGF b2, TGF b3  e dosagem do  Colágeno 1 e Colágeno 3. Puderam concluir que o pó de PDO foi superior no estímulo de colágeno 1 em comparação ao ácido polilático. (imagem 3).

IMAGEM 3

Combinações entre fios PDO com preenchedores, tecnologias (laser e ultrassom microfocado por exemplo) e toxina botulínica conduzem a resultados mais eficientes no rejuvenescimento facial. Estes podem ser feitas respeitando algumas particularidades. Esses detalhes, assim como a melhor indicação, complicações e como resolvê-las serão esclarecidas no bloco de fios durante o AMWC Brazil em São Paulo. Os médicos mais experientes no assunto falarão o que há de mais atualizado sobre essa nova ferramenta terapêutica no rejuvenescimento facial.

Nos veremos lá!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima